Revista Brasileira de Avaliação
https://rbaval.org.br/article/doi/10.4322/rbaval202110015
Revista Brasileira de Avaliação
Artigo original

Avaliabilidade de coalizões para empoderamento de pessoas atingidas pela hanseníase

Paula Soares Brandão, Marly Marques da Cruz, Kátia Maria Braga Edmundo

Downloads: 1
Views: 834

Resumo

A hanseníase é um problema de saúde pública para países e localidades com alta carga da doença e discriminação as pessoas atingidas. Monitorar e avaliar são desafios elucidados pela modelização de intervenções transformadoras da realidade. O objetivo é elaborar o Modelo Lógico Operacional (MLO) da formação de coalizões de pessoas atingidas pela hanseníase, pautado na avaliação de empoderamento. Trata-se de estudo de avaliabilidade usando Painel Delphi Político para consulta aos stakeholders. Os
resultados compreendem o MLO da formação de coalizões como estratégia de participação para o empoderamento das pessoas atingidas, à escolha das perguntas avaliativas para compor o modelo teórico de avaliação e o envolvimento dos interessados de forma participativa. O estudo contribuiu para reflexão sobre a construção colaborativa da modelização, envolvimento de atores internacionais na formulação e implementação da intervenção e avaliação, limites e possibilidades da técnica de consenso à distância e fortalecimento de uma avaliação pautada na utilidade

Palavras-chave

Avaliação em saúde. Empoderamento. Hanseníase. Participação dos interessados.

Referências

Anderson, Laurie, Adeney, Kathryn, Shinn, Carolynne, Safranek, Sarah, Buckner-Brown, Joyce, & Krause, Kendall. (2015). Community coalition-driven interventions to reduce health disparities among racial and ethnic minority populations. Cochrane Database of Systematic Reviews, (6), CD009905. http://dx.doi.org/10.1002/14651858.CD009905.pub2

Araujo, Inesita, Moreira, Adriano, & Aguiar, Raquel. (2012). Doenças negligenciadas, comunicação negligenciada: Apontamentos para uma pauta política e de pesquisa. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, 6(4).

Baquero, Rute Vivian Angelo. (2006). Empoderamento: Questões conceituais e metodológicas. Redes, 11(2), 77-93.

Baratieri, Tatiane, Nicolotti, Célia Adriana, Natal, Sonia, & Lacerda, Josimari Telino de. (2019). Aplicação do estudo de avaliabilidade na área da saúde: Uma revisão integrativa. Saúde em Debate, 43(120), 240-255. http://dx.doi.org/10.1590/0103-1104201912018

Bezerra, Luciana, Cazarin, Gisele, & Alves, Cinthia. (2010). Modelagem de programa: Da teoria à operacionalização. In Isabella Samico, Eronildo Felisberto, Ana C. Figueiró & P. Frias (Eds.), Avaliação em saúde: Bases conceituais e operacionais (pp. 65-78). Rio de Janeiro: Medbook.

Brasil. Ministério da Saúde. (2020). Boletim Epidemiológico Hanseníase 2020. Brasília: MS/CGDI. Recuperado em 27 de julho de 2021, de http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2020/boletim-epidemiologico-dehanseniase-2020

Brousselle, Astrid, Champagne, François, Contandriopoulos, André-Pierre, & Hartz, Zulmira. (2011). A análise de implantação. In Astrid Brousselle, François Champagne, André-Pierre Contandriopoulos & Zulmira Hartz (Eds.), Avaliação: Conceitos e métodos (22. ed., pp. 217-238). Rio de Janeiro: Fiocruz.

Brunner, Richard, Craig, Peter, & Watson, Nick. (2019). Evaluability assessment: An application in a complex community improvement setting. Evaluation, 25(3), 349-365. PMid:31379464. http://dx.doi.org/10.1177/1356389019852126

Champagne, François, Brousselle, Astrid, Hartz, Zulmira, & Contandriopoulos, André-Pierre. (2011a). Avaliação: Conceitos e métodos: Modelizar as intervenções (pp. 61-74). Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.

Chi, Chunhuei, Tuepker, Anaïs, Schoon, Rebecca, & Núñez Mondaca, Alicia. (2018). Critical evaluation of international health programs: Reframing global health and evaluation. The International Journal of Health Planning and Management, 33(2), 511-523. PMid:29314258. http://dx.doi.org/10.1002/hpm.2483

Chouinard, Jill, & Milley, Peter. (2016). Mapping the spatial dimensions of participatory practice: A discussion of context in evaluation. Evaluation and Program Planning, 54, 1-10. PMid:26476858. http://dx.doi.org/10.1016/j.evalprogplan.2015.09.003

Conrad, Peter, & Barker, Kristin. (2011). A construção social da doença: Insights-chave e implicações para políticas de saúde. Idéias, 2(2), 183-219.

Couto, Felipe, Carrieri, Alexandre, & Ckagnazaroff, Ivan. (2019). Participação na avaliação de políticas públicas: A pesquisa construtivista e a quarta geração de avaliação. Gestão & Planejamento., 20(1), 36-55. http://dx.doi.org/10.21714/2178-8030gep.v.20.5141

Dean, Laura, Tolhurst, Rachel, Nallo, Gartee, Kollie, Karsor, Bettee, Anthony, & Theobald, Sally. (2019). Neglected tropical disease as a ‘biographical disruption’: Listening to the narratives of affected persons to develop integrated people centred care in Liberia. PLoS Neglected Tropical Diseases, 13(9), e0007710. PMid:31490931. http://dx.doi.org/10.1371/journal.pntd.0007710

FETTERMAN, D. et al. Collaborative, Participatory, and Empowerment Evaluation: Building a Strong Conceptual Foundation for Stakeholder Involvement Approaches to Evaluation (A Response to Cousins, Whitmore, and Shulha, 2013). American Journal of Evaluation, v. 35, n. 1, p. 144–148, mar. 2014.

Fetterman, David, & Wandersman, Abraham. (2017). Celebratory reflections, appreciations, clarifications, and comments. Evaluation and Program Planning, 63, 143-146. PMid:27993390. http://dx.doi.org/10.1016/j.evalprogplan.2016.12.006

Fetterman, David. (2015). Empowerment evaluation. In James D. Wright (Ed.), International Encyclopedia of the Social & Behavioral Sciences (pp. 577-583). Amsterdam: Elsevier. http://dx.doi.org/10.1016/B978-0-08-097086-8.10572-0

Fetterman, David. (2017). Transformative empowerment evaluation and freirean pedagogy: Alignment with an emancipatory tradition: Transformative empowerment evaluation and freirean pedagogy. New Directions for Evaluation, 2017(155), 111-126. http://dx.doi.org/10.1002/ev.20257

Fetterman, David. (2019). Empowerment evaluation: A stakeholder involvement approach. Health Promotion Journal of Australia, 30(2), 137-142. PMid:30972895. http://dx.doi.org/10.1002/hpja.243

Heidmann, Ivonete, Almeida, Maria Cecília Puntel de, Boehs, Astrid Eggert, Wosny, Antonio de Miranda, & Monticelli, Marisa. (2006). Promoção à saúde: Trajetória histórica de suas concepções. Texto & Contexto Enfermagem, 15(2), 352-358. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072006000200021

Kuipers, Pim. (2014). Empowerment in community-based rehabilitation and disability-inclusive development. Disability, CBR and Inclusive Development, 24(4), 24-42. http://dx.doi.org/10.5463/dcid.v24i4.274

Lastória, Joel Carlos, & Abreu, Marilda Aparecida Milanez Morgado de. (2014). Leprosy: Review of the epidemiological, clinical, and etiopathogenic aspects: Part 1. Anais Brasileiros de Dermatologia, 89(2), 205-218. PMid:24770495. http://dx.doi.org/10.1590/abd1806-4841.20142450

Marques, Joana Brás Varanda, & Freitas, Denise de. (2018). Método DELPHI: Caracterização e potencialidades na pesquisa em educação. Pro-Posições, 29(2), 389-415.

Moreau, Katherine A. (2017). Twelve tips for planning and conducting a participatory evaluation. Medical Teacher, 39(4), 334-340. PMid:28379083. http://dx.doi.org/10.1080/0142159X.2017.1286310

Nery, Joilda, Ramond, Anna, Pescarini, Julia, Alves, André, Strina, Agostino, Ichihara, Maria, Fernandes Penna, Maria, Smeeth, Liam, Rodrigues, Laura, Barreto, Mauricio, Brickley, Elizabeth, & Penna, Gerson.(2019). Socioeconomic determinants of leprosy new case detection in the 100 Million Brazilian Cohort: A population-based linkage study. The Lancet. Global Health, 7(9), e1226-e1236. PMid:31331811. http://dx.doi.org/10.1016/S2214-109X(19)30260-8

Oliveira, Verônica Macário de, Correias, Suzanne Erica Nóbrega, & Gomezs, Carla Regina Pasa. (2018). Policy Delphi as a research method for framework development: The case of the roles of promoting sustainable consumption in the brazilian context. Revista Capital Científico Eletrônica., 16(2), http://dx.doi.org/10.5935/2177-4153.20180011

Organização Mundial de Saúde – OMS. (1986). Carta de Ottawa. Genebra: OMS. Recuperado em 27 de julho de 2021, de https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/carta_ottawa.pdf

Organização Mundial de Saúde – OMS. (2013). Manual prático da CIF. Genebra: OMS. Recuperado em 27 de julho de 2021, de http://www.fsp.usp.br/cbcd/wp-content/uploads/2015/11/Manual-Pra%CC%81ticoda-CIF.pdf

Pescarini, Julia Moreira, Strina, Agostino, Nery, Joilda Silva, Skalinski, Lacita Menezes, Andrade, Kaio Vinicius Freitas de, Penna, Maria Lucia F, Brickley, Elizabeth B, Rodrigues, Laura C, Barreto, Mauricio Lima, & Penna, Gerson Oliveira. (2018). Socioeconomic risk markers of leprosy in high-burden countries: A systematic review and meta-analysis. PLoS Neglected Tropical Diseases, 12(7), e0006622. PMid:29985930. http://dx.doi.org/10.1371/journal.pntd.0006622

Ribeiro, Mara Dayanne Alves, Silva, Jefferson Carlos Araujo, & Oliveira, Sabrynna Brito. (2018). Estudo epidemiológico da hanseníase no Brasil: Reflexão sobre as metas de eliminação. Revista Panamericana de Salud Pública, 1-7. http://dx.doi.org/10.26633/RPSP.2018.42

Santos, Elizabeth Moreira dos, Oliveira, Egleubia Andrade de, Cardoso, Gisela Cordeiro Pereira, Cavalcanti, Maria de Lourdes Tavares, Costa, Antônio José Leal, & Câmara, Volney. (2018). Evaluaciones inclusivas: Una reflexión sobre las posibilidades e implicaciones de enfoques participativos para la práctica evaluativa. Revista de Salud Ambiental, 18(2), 172-181.

World Health Organization – WHO. (2011). Guidelines for strengthening participation of persons affected by leprosy in leprosy services. Genebra.

World Health Organization – WHO. (2016). Estratégia global para hanseníase 2016-2020: Aceleração rumo a um mundo sem hanseníase. Genebra: World Bank Publications.

World Health Organization – WHO. (2017a). Estratégia global para hanseníase 2016-2020: Aceleração rumo a um mundo sem hanseníase. Guia de monitoramento e avaliação. Nova Deli: Organização Mundial da Saúde, Escritório Regional para o Sudeste Asiático.

World Health Organization – WHO. (2017b). Estratégia mundial para Hanseníase 2016-2020: Aceleração rumo a um mundo sem hanseníase. Manual operacional. Genebra.

World Health Organization – WHO. (2020). Global leprosy update, 2018: Moving towards a leprosyfree world. Genebra: WHO Leprosy. Recuperado em 27 de julho de 2021, de https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/326775/WER9435-36-en-fr.pdf?ua=1

World Health Organization – WHO. (2021). Global health observatory data repository. Genebra: WHO Leprosy. Recuperado em 27 de julho de 2021, de https://apps.who.int/gho/data/node.main.A1638?lang=en


Submetido em:
27/07/2021

Aceito em:
10/09/2021

612d56dfa953952da73ea272 rbaval Articles
Links & Downloads

Revista Brasileira de Avaliação

Share this page
Page Sections